A Nova Onda /
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- O último BILHETE.
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Por uma destas estranhas coincidências que os mais sábios chamam de “coincidências
significativas”, um amigo praieiro indagou se este escrevinhador sabia algo à
respeito do cruel e trágico destino do professor EUGÊNIO EVANGELISTA MENINO.
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A coincidência aí se prende ao estranho fato deste escriba ter dado de cara com
um velho jornal (D.P de 06.10.89), onde a morte brutal e cruel do prof. Eugênio
Evangelista Menino foi assim noticiada: “MATADOURO”
- “Ferido gravemente num assalto
de ônibus, o Professor Eugênio Evangelista Menino, antes de falecer, escreveu
um bilhete chamando o hospital da Restauração de Matadouro. É uma palavra dura,
sobretudo, partindo de lábios que se selaram para sempre. Terá sido justa ou
injusta? Esta é uma questão a merecer toda uma investigação oficial, para que
não reste, a respeito, a menor dúvida. Sabemos dos esforços feitos no sentido
de resgatar o Hospital e dar-lhe maior eficiência. Que terá ocorrido com o
professor? Vítima já da violência que domina nossas ruas, ainda terminaria a
sofrer uma segunda violência, pela ineficiência e desumanidade do hospital
público? Eis, pois, um caso que não pode nem deve cair no rol dos fatos
consumados. É preciso ouvir essa acusação que vem, praticamente do túmulo. A
voz desse morto pode salvar generosamente, muitos vivos. Desde que haja coragem
e disposição de apurar a verdade, de respeitar-se a dignidade humana”.
- Nos
velhos tempos, um poeta muito sábio, diante da radical mudança de velhos
costumes, geralmente para pior, tanto perguntava aos antigos como falava com os
seus botões: ...Mudei eu ou mudou o natal? – A segurança pública e a saúde
mudaram para melhor ou para pior?
- Mas isto é claro, já é uma outra história. Que o salmo 23
e a oração de Cristo consolador, afastem para sempre do pensamento dos
familiares do Prof. Eugênio, o peso de chumbo das tristes palavras – NUNCA MAIS!
Meu nome é Armand. Armand’Durval.
DIR.REL.PUB. / INRJ
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